Revolução digital e Processo Kimberley
Fernando Correia de Oliveira
Dois grandes temas destacaram-se entre as nossas leituras mais recentes: a inexorável digitalização de praticamente tudo – incluindo o Luxo e o seu segmento de Relógios e Jóias; a Presidência do Processo de Kimberley a passar em 2018 para a União Europeia.
Quanto à digitalização de processos: todos os que estão no segmento do Luxo procuram incessantemente os próximos mercados emergentes, para serem os primeiros a chegar e os primeiros a ter aí lucros. Há dez anos, eram os países BRIC (Brasil, Rússia, índia e China). Depois de muito investimento em boutiques monomarca, de muito dinheiro derretido, de grandes fracassos e avultados prejuízos, terá restado a China. E a Ásia Extrema tornou-se no centro do Luxo mundial. Mas, mesmo essa zona, que inclui Hong Kong, com flutuações dramáticas.
Muitos pensam que o próximo mercado emergente é digital. Sim, totalmente desmaterializado. A todo o custo, as marcas terão que abraçar o digital – para promover os seus produtos, para contar histórias, mostrar experiências, vender. Os pontos de venda físicos, mono ou plurimarca, poderão desaparecer tal como os conhecemos.
Quanto ao Processo Kimberley sobre diamantes provenientes de zonas em conflito: A União Europeia substitui em 2018 a Austrália na presidência da organização, num mandato de um ano. A representante da UE no Processo Kimberley, Federica Mogherini, sublinhou que, “para a União Europeia, o Processo Kimberley faz parte do nosso trabalho para o desenvolvimento sustentado, para a paz sustentada – prevenindo novos conflitos e cortando as receitas de grupos criminosos e terroristas”.
“Faz parte do nosso trabalho em defesa dos direitos humanos tornar seguro que os diamantes produzem riqueza e não esclavagismo moderno. É preciso espalhar a ideia de que os recursos naturais pertencem às comunidades, não às milícias”, disse Federica Mogherini.
Já está disponível aqui, aqui ou aqui a edição de Janeiro do Relógios & Canetas online. São 176 páginas dedicadas, com total independência editorial, à Alta Relojoaria, Instrumentos de Escrita, Jóias e outros objectos de Luxo.
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