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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Montblanc homenageia Vasco da Gama com relógios de excepção da nova Heritage Chronométrie Collection


Na segunda semana de Novembro passado estivemos na África do Sul, mais propriamente na Cidade do Cabo, a convite da Montblanc. Motivo - o lançamento de uma nova colecção, a Heritage Chronométrie. E a Cidade do Cabo porque a Montblanc quis, nesta estreia, homenagear um navegador português, Vasco da Gama, que ali passou quando fez a descoberta do caminho marítimo para a Índia. Respeitando o embargo mundial decretado pela Montblanc, apenas agora estamos a divulgar os novos modelos, que serão apresentados a partir de hoje no Salão Internacional de Alta Relojoaria, onde nos encontramos, em Genebra.


Vasco da Gama partiu de Lisboa a 8 de Julho de 1497, à frente de uma pequena armada de quatro navios: a nau Sâo Gabriel, de 90 toneladas, capitaneada por ele próprio, com ele seguindo como piloto Pero de Alenquer, que dez anos antes exercera idênticas funções, às ordens de Bartolomeu Dias, quando este navegador passou o cabo da Boa Esperança, levando como mestre Gonçalo Álvares e como escrivão Diogo Dias, irmão de Bartolomeu Dias, que acompanhou esta armada até àMina; a nau São Rafael, também de 90 toneladas, confiada ao comando de Paulo da Gama, irmão do capitão-mor, tendo como piloto João de Coimbra e por escrivão João de Sá; a caravela Bérrio, de 50 toneladas, assim chamada porque esse era o nome do proprietário, a quem tinha sido comprada, em Lagos, para a integrar nesta expoedição à Índia, sob o comando imediato de Nicolau Coelho, nela seguindo como piloto Pero Escobar, que integraria, anos depois, a armada de Pedro Álvares Cabral, que descobriu o Brasil, e como escrivão Álvaro de Braga; e, finalmente, a nau dos mantimentos, sem nome próprio, mas cuja capacidade ascendia a 110 toneladas, que levava por capitão Gonçalo Nunes. Nas quatro embarcações seguiriam um total de 148 a 170 pessoas.

O propósito da coroa portuguesa era, com a viagem de Vasco da Gama chegar por via marítima directa à Índia, permitindo assim eliminar os intermediários árabes, persas, turcos e venezianos no comércio de especiarias e outros bens preciosos com a Europa.

A viagem de Vasco da Gama à Índia é o tema da maior obra em língua portuguesa, o poema epopeico d'Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.

A homenagem da Montblanc ao Gama e, com ele, aos navegadores portugueses em geral, visa sublinhar os fracos meios de navegação de que dispunham - sendo o sextante, para determinar a latitude, o mais importante deles, e o nocturlábio um rudimentar processo de ler os céus. Mas numa altura em que a longitude ainda era impossível de determinar com precisão.

No hemisfério sul, Vasco da Gama e os outros navegadores usaram o Cruzeiro do Sul como ponto de orientação, aquilo que a estrela polar desempenhava no hemisfério norte.

"O sucesso da expedição de Vasco da Gama deve ser, em última análise, creditada à sua coragem, determinação, vontade de correr riscos mas, acima de tudo, à sua obsessão com a precisão", diz a Montblanc no lançamento da nova colecção.


O grupo de jornalistas convidados da Montblanc esteve em zonas da costa por onde o Gama andou... e onde o Atlântico e o Índico se encontram

A armada chegou a 4 de Novembro de 1497 à Baía de Santa Helena, na costa sudoeste de África. Vários dias depois, os navios portugueses fizeram um largo arco à volta do Cabo da Boa Esperança, ancorando a 25 de Novembro em Mosselbaai.

Vasco da Gama chegou a Calicute, na costa indiana do Malabar, a 20 de Maio de 1498. Pela primeira vez, era feito, a partir da Europa, o caminho marítimo para a Índia, à volta do sul de África. O mundo estava globalizado.

A 8 de Outubro de 1498 dá-se a viagem de regresso, com as naus carregadas de especiarias. O primeiro dos navios chega a Lisboa a 10 de Julho de 1499. O próprio Vasco da Gama chega à capital portuguesa a 9 de Setembro, sendo recebido triunfalmente na corte de D. Manuel I.



Almoço à beira-mar, num resort de observação de baleias, a leste do Cabo



Jerôme Lambert, Presidente da Montblanc, apresenta as novidadades da colecção Heritage Chronométrie, que no seu lançamento homenageia Vasco da Gama

Todos os relógios da Heritage Chronométrie obedecem à tradição de complicação relojoeira da manufactura Minerva, adquirida há anos pela Montblanc e hoje totalmente integrada na cadeia de produção da marca. Além disso, as peças Heritage Chronométrie são submetidas a um teste de qualidade de 500 horas, obtendo cada uma um certificado individual. Além disso, todos os relógios desta colecção estão equipados com pulseiras de pele produzidas pela Montblanc Pelleteria, a unidade de produção que a marca mantém em Florença, Itália.

Mas vamos, finalmente, às novidades:


O Montblanc Heritage Chronométrie ExoTourbillon Minute Chronograph vem equipado com um calibre da manufactura (MB R2309, automático, com um exo-turbilhão com paragem de segundos patenteado. É um cronógrafo de roda de colunas, monobotão, com embreiagem vertical e autonomia para 50 horas. Tem as pontes e a platina rodiadas e decoradas com Côtes de Genève. Horas e minutos descentrados, data por ponteiro, no mesmo eixo. Função de viagem, com mudança rápida do ponteiro das horas e da data, para a frente e para trás. Tem caixa de 44 mm, de ouro vermelho e vidro de safira, na frente e no verso. Estanque até 30 metros. Certificado pelo Montblanc Laboratory Test 500. Custa 38.000 euros.

Com todas estas características, há ainda uma edição limitada deste modelo, 60 exemplares, o Montblanc Heritage Chronométrie ExoTourbillon Minute Chronograph Vasco Da Gama, equipado com um calibre da manufactura (MB R230), automático, com duplo tambor de corda e também 50 horas de autonomia. A caixa, de ouro branco, tem gravada, no verso, a nau São Gabriel. Custa 45.000 euros.





O Montblanc Heritage Chronométrie Quantième Annuel Vasco da Gama tem calibre da manufactura (MB 29.18), automático. Trata-se de um calendário anual (dia, data, mês) com fases de lua. Correcção individual destas fuynções, através de ponteiro fornecido com o relógio. Caixa de 40 mm, de ouro vermelho. Vidro de safira na frente e no verso, onde está gravado o São Gabriel e a assinatura de Vasco da Gama. Certificado pelo Montblanc Laboratory Test 500. Trata-se de uma edição limitada de 238 exemplares e custa 11.050 euros.



O Montblanc Heritage Chronométrie Quantième Complet Vasco da Gama tem calibre da manufactura (MB 29.16), automático. É um calendário completo (dia, data, mês) e fases de lua. Cada função tem acerto separado, atrravés de ponteiro fornecido com o relógio. Tem caixa de 40 mm, de aço, vidro de safira na frente e no verso, e a nau São Gabriel e a assinatura do Gama gravadas no verso.  A lua está sob fundo azul, com o céu a mostrar o Cruzeiro do Sul. Custa 4.350 euros


Finalmente, o Montblanc Heritage Chronométrie Dual Time. Tem calibre da manufactura (MB 29.19), automático, com funções de data, GMT e dia/noite. Ajuste rápido para o tempo local em saltos de hora, mudando ao mesmo tempo a data, para a frente ou para trás. Neste processo, o "home time" continua a funcionar. Caixa de 41 mm, de aço. Custa 3.990 euros



O Mount Nelson Hotel, onde ficámos instalados. Um monumento histórico da Cidade do Cabo, onde já pernoitou o mahatma Gandi...




Um dos almoços foi num terraço de um restaurante da moda do Cabo


Mas houve também um jantar de gala, no Forte da Cidade


Uma chita foi a surpresa da noite



No dia seguinte, volta turística pelo Cabo, onde as águas do Atlântico e do Índico se misturam



E um passeio pelo parque principal da cidade, com esquilos à solta e estátuas reminescentes do Império Britânico, como a de Cecil Rhodes, o homem da ideia de "ligar o Cairo ao Cabo". Os portugeses queriam fazê-lo "de Angola à contra-costa", desenharam o Mapa Cor-de-Rosa e... lervaram com um ultimato de Londres...



O último dia da estadia na África do Sul foi de visita a uma herdade de Johann Rupert, pricipal accionista do Richemont Group, a que pertence a Montblanc. Esperavam os convidados exemplares de uma das maiores colecções de carros vintage do mundo. Que os levaram dos portões da herdade até ao sítio do almoço. Um eléctrico corre também a propriedade, que produz vinhos de qualidade superior.




















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